segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nerdices a Parte na BGS: A aventura

 Finalmente, depois de mais de um mês de atraso, o post prometido vai sair. Como vocês devem saber, nos dias 20 e 21 de novembro ocorreu a Brasil Game Show, maior feira de videogames da América do Sul, na cidade do Rio de Janeiro. No dia 20, eu estive lá, para conferir tudo o que estava rolando. Posso dizer que minha experiência foi muito boa, que fiz muita coisa, mas também deixei de fazer muita coisa. Enfim, depois de um atraso monstro por conta de problemas com as fotos, aqui estamos nós, prestes a começar meu relato sobre a aventura. Confira, abaixo, o Nerdices a Parte na BGS (clique em "Leia mais" se não conseguir visualizar)!

O início

 Sábado, 20 de novembro de 2010. Assim começa nossa jornada. A bordo da van de meu pai, a quem muito agradeço por estar sempre disposto a me ajudar com o que quer que seja, parti rumo ao Centro de Convenções Sul América, onde seria realizada a Brasil Game Show, maior feira de videogames do Brasil.



 Minha primeira visão ao chegar lá não poderia ter sido mais entorpecente: a fila era imensa. Rapidamente ocupei um lugar ao sol (literalmente) e lá esperei até que a fila começasse a andar. É aqui que aparece minha parceira nesta aventura: Monica Pan, uma amiga da faculdade que topou fazer uma pesquisa comigo sobre música de videogame, a quem agradeço por ter me acompanhado e por ter disponibilizado a câmera de seu celular durante todo o evento.


 Depois de algum tempo conversando na fila, eis que nos deparamos com a primeira "atração" da feira. Tratava-se de um sujeito com um megafone que, através de gracinhas e piadas, tentava animar a fila. Com certeza foi a sensação do momento.

A entrada

 Finalmente, depois de mais de uma hora na fila, chegamos à entrada do evento. Dando graças a Deus pelo ar condicionado, entrei e logo me vi diante das famosas booth babes, as garotas contratadas para, digamos, "animar" o público masculino e ceder informações durante o evento. Logo de cara já recebi meu primeiro brinde: um pôster do novo Mortal Kombat.


 Nos dirigindo à feira, passamos pelo não menos impressionante Túnel do Tempo, que remontava a história dos games desde a longínqua era do Telejogo até a geração atual dos games. Com certeza o Túnel do Tempo foi o responsável por causar muita nostalgia aos gamers.


A feira

 Então, finalmente, entramos. Palavras humanas não conseguem descrever minha sensação ao ver tudo aquilo: videogames por todos os lados, máquinas de fliperama e arcades, uma imensa pista de autorama contendo dois loopings, um grande estande de palestras, um Peugeot 307 todo produzido e decorado pela patrocinadora Seven, mais videogames, um pequeno palco onde, mais tarde, seria realizado um show de videogame music, e tantas atrações que um gamer aficcionado se sentiria em um grande oasis no meio do deserto do Rio de Janeiro.




A primeira novidade: Guitar Hero 6

 Geralmente, uma feira de videogames conta com alguns lançamentos, testes e anúncios oficiais de videogames que estão sendo produzidos. Na Brasil Game Show não foi diferente. Haviam espaços especiais para os jogadores testarem o novo Mortal Kombat, o Kinect, o novo game do Sonic, Sonic 4, e um palco especial onde mais tarde haveria um concurso do game Just Dance 2, mas que, naquele momento, servia para que os gamers pudessem observar o novo Guitar Hero: Warriors of Rock. E qual não foi a surpresa de muitos ao verem que o homem que segurava a guitarra era ninguém menos que o ex-BBB Marcelo Dourado.



 Era tudo bem simples. Um apresentador fazia perguntas à platéia e, o primeiro que respondesse corretamente, subia ao palco para fazer o papel do vocalista, ao lado de Dourado, na guitarra, e Diego Borges, na bateria. Parece que o poder absoluto de Dourado não se aplica aos games rítmicos, já que os únicos integrantes da banda que conseguiram manter a música foram os convidados da platéia. Que fiasco, hein?



Adquirindo experiência com novos games

 Continuamos a zanzar pela feira tentando conhecer todo o local, uma tarefa quase impossível. Ao passar pelo estande da Rádio Cidade Web Rock, deparei-me com um game de corrida para tablet. Sua jogabilidade me fez querer parar para jogar: o volante do carro era controlado pela inclinação do tablet.






E também com velhos conhecidos

 Quando já se aproximava da hora do almoço, isso é, aquela hora que bate a fome, percebi que, se eu queria me envolver em alguma atividade intensa, era melhor faze-lo de barriga vazia. Traduzindo, se eu queria visitar uma das várias Pumps disponíveis no evento, a hora era aquela. E assim o fiz.



 Depois de uma longa espera, finalmente subi na novíssima Pump Fiesta, versão mais recente do simulador de dança. Em meio a vários aficcionados buscando conhecer as novas músicas do game, optei por um velho conhecido e parceiro de guerra: Mr. Larpus.



As palestras

 Um dos destaques da feira foram as palestras apresentadas durante o evento. Em frente à jaula sala VIP, no estande da Seven, foram apresentadas as duas principais palestras, as quais não consegui curtir: a do Mundo Canibal, que parecia uma grande porcaria, com todas aquelas animações repletas de palavrões, e a do Grand Master Maurício de Sousa, que, apesar de parecer muito interessante, teve o som completamente abafado pelo barulho do evento, o que, literalmente, me impossibilitou de ouvir qualquer palavra proferida pelo mestre. Mais sorte na próxima.


A fome

 Finalmente, decidimos que era uma boa hora para procurar por comida. Haviam três carrinhos de cachorro quente disponíveis no evento, todos da empresa Geneal. Por ser a opção mais econômica, decidimos que era isso mesmo que iríamos comer.


 A fila para o carrinho principal estava demasiadamente grande. Por isso, optamos pelo segundo carrinho. Depois de uma longa espera, chegou a nossa vez. Foi quando a atendente falou palavras cruéis que não me esquecerei: "a salsicha acabou, tem que ir no outro". Naquele momento, meu estômago disse que não se importava com isso e que queria comida de qualquer jeito. Tentando lutar contra ele, me dirigi até o outro carrinho de cachorro quente. Enfrentamos mais uma enorme fila e, para nosso profundo desgosto, a salsicha deste acabou também. No entanto, diferente do outro carrinho, estavam sendo providenciadas mais salsichas para este, o que deveria acontecer em aproximadamente quinze minutos. Reivindicando com todas as forças, meu estômago me ameaçou de todas as maneiras que podia, mas consegui resistir até o fim. Já a Monica, maníaca por cheiros, resolveu que ia esperar mais um pouco e acabou optando por um salgado, mais tarde. Eu não podia culpa-la: o cachorro quente não parecia (e nem cheirava) dos melhores. Já que as mesas eram reservadas para quem estivesse disposto a pagar caro por uma das outras opções de comida, nos acomodamos no chão mesmo, em um cantinho. Sentado ali, vendo as pessoas passarem, comendo o pão que consegui com tanto esforço, meu pensamento não pôde ser outro a não ser: "me sinto um mendigo". Pois é, parece que a empresa não era tão "geneal" assim.


Roupas

 Poucas coisas dizem "eu sou um nerd" com tanta eficiência quanto roupas nerds. E, ao encontrarmos um estande especializado nisso, minha cabeça explodiu. O pior foi quando eu descobri que deveria ter chegado mais cedo, pois a maioria das coisas legais já tinha sido vendida até o esgotamento. Nossa primeira parada foi no estande que vendia artigos para cosplay e souvenires. Neste estande, não encontrei nada que me interessasse e, portanto, continuamos nossa caminhada até encontrar o estande das camisas. Me senti olhando para o paraíso quando vi todas aquelas camisas legais. Acabei optando pela camisa do cogumelo verde do Mario.




Os videogames são um show

 Finalmente, chegou a tão esperada hora da apresentação da banda Mega Driver. Nos dirigimos ao pequeno palco para onde o show estava marcado. Infelizmente, o concurso de Just Dance 2 estava sendo realizado exatamente em frente ao palco, o que acabou atrasando bastante o show. Isso, no entanto, não diminuiu o gás dos gamers. Ao contrário, parecia que a espera só os deixou mais ansiosos para pular e gritar ao som de clássicos. Os destaques foram para a música em que Nino, o guitarra solo da banda, anunciou que a próxima música estava em sua guitarra, que tem o formato da cabeça de Sonic, o tema de Green Hill Zone, de Sonic, a música em que ele disse que, por ser "Seguista", não gostaria muito de tocar a próxima música e, só por este comentário, muitos já adivinharam que se tratava de Super Heavy Metal Mario World, e do tema de Ken Masters, de Street Fighter, quando ele convidou um participante da platéia para subir ao palco e jogar um game de Street Fighter II, onde ele deveria usar um Ryu contra um Ken completamente apelão e ladrão, momento em que a platéia vibrava a cada vez que a luta ficava mais intensa e algum golpe especial era acertado. Além disso, houve a participação das booth babes no tema de Alex Kidd. Apesar de muito bom, o show teve de ser interrompido antes do final, a pedido da direção do evento, para que os campeonatos de games musicais fossem continuados.




O descanso merecido

 Depois de tudo isso, as pessoas começaram a ir embora. Era o momento que eu esperava. Com a diminuição das filas, pude correr até o estande da Sony e testar o Play Station Move, imitação do Wii controle sensível a movimentos criado pela Sony. Enquanto eu pude jogar foi bem bacana, mas o evento já estava mesmo acabando e, por causa disso, minha experiência foi interrompida pelos organizadores tentando desligar as máquinas. Optei por não visitar os games 3D por conta dos óculos: enquanto eu puder resistir, me recusarei a ter de usar dois óculos ao mesmo tempo para poder ter uma experiência em 3D.



Os cosplayers

 Acharam que já tinha acabado? Pois o melhor ainda está por vir. Durante todo o dia, estive também à procura de famosos personagens dos videogames. Não é sempre que a gente pode tirar uma foto ao lado de nossos ídolos e, para um bom nerd gamer, isso significa entrar na TV, fazer montagens no Photoshop ou aproveitar os cosplayers!


 
 
 
  

Coisas das quais me arrependi

Não ter jogado Sonic 4
Não ter experimentado o Kinect
Não ter levado lanchinho de casa
Ter chegado tarde no estande das camisas
Não ter procurado palestras interessantes em outros andares

Concluindo

 É isso aí, galera! Espero que tenham gostado do artigo e que tenham pelo menos sentido um gostinho da minha experiência por lá. Se tudo der certo, ano que vem estarei lá novamente. Enquanto a data da próxima edição da feira continua confusa e o site oficial continua sem atualizações, continuaremos esperando. Gostou do artigo? Esteve na BGS? Comente!


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