quarta-feira, 9 de março de 2011

Mitos Reais #2: Zumbi



 Semana passada nós estreamos, aqui no blog, uma nova seção semanal, entitulada "Mitos Reais". Hoje é quarta-feira de novo e, por isso, dia de mais um Mitos Reais. Esta semana, escolhemos uma criatura que está sempre perambulando e, às vezes, se rastejando pelos cérebros dos nerds. Com vocês, uma explicação científica e detalhada de como é possível que existam: zumbis.


O mito

 Zumbis são, de acordo com as lendas, seres humanos que, depois de mortos, foram, de alguma maneira, trazidos de volta a vida, seja por meio de rituais vudus, seja por meio de algum tipo de doença da qual ele era portador antes de morrer, ou por ser infectado por uma doença mortal que, além de o matar, o trouxe de volta à vida. Zumbis geralmente são lentos e, já que já estão mortos, podem perder todos os membros e continuar avançando contra suas vítimas, das quais eles comem ou a carne, ou o cérebro. Além disso, o único propósito da não-vida de um zumbi é a alimentação. Algumas lendas dizem que isso se dá devido ao fato de eles perderem todas as funções do cérebro, com exceção da auto preservação. Algumas lendas, ainda, dizem que, depois de mortos, os zumbis passam por um ou vários tipos de mutações, transformando-os em criaturas totalmente inumanas, ou simplesmente concedendo-lhes algum tipo de poder especial, como uma língua enorme e auto regeneradora, ou a capacidade de saltar a grandes alturas e se locomover pelas paredes. Além disso, os zumbis das lendas são comumente retratados como cadáveres ambulantes, sofrendo todas as penalidades de um cadáver real (o apodrecimento, por exemplo).

A realidade

 Os zumbis da vida real não estão mortos. Eles são pessoas comuns que foram infectadas por algum tipo de doença que atacou seus cérebros, os fazendo parar de raciocinar e procurar apenas se alimentar, e de carne humana. Assim, eles ainda respiram, ainda precisam se alimentar, e ainda morrem de qualquer maneira que um ser humano comum possa morrer. A infecção não lhes traz nenhum benefício, como algum tipo de poder sobrenatural, ou habilidades sobre humanas, mas faz com que eles parem de sentir dor, permitindo que continuem avançando contra suas vítimas, mesmo se estiverem próximos à morte. No entanto, eles, de fato, parecem estar em constante estado de decomposição.

A ciência

 Um zumbi nada mais é do que uma pessoa infectada por um tipo de vírus, que é passado através da saliva da pessoa infectada em contato com o sangue da pessoa sadia, ou seja, para que uma pessoa se torne um zumbi, ela precisa ser atacada por um zumbi e, de alguma forma, sobreviver. A primeira mudança acometida pela instalação do vírus se dá no cérebro do hospedeiro, fazendo-o raciocinar quase exatamente como os zumbis das lendas: eles andam vagarosamente, quase se arrastando, e só querem saber de se alimentar, comendo carne humana, esteja a vítima viva ou morta. Além disso, o vírus zumbi causa sintomas muito semelhantes a um estágio muito avançado de lepra, mas leva um tempo absurdamente pequeno até que os sintomas comecem a aparecer, especialmente se comparado à lepra comum, fazendo com que, em poucos dias, o recém-infectado perca totalmente a sensibilidade à dor e às diferentes temperaturas, e que ele comece a sofrer lesões graves que dão a aparência de apodrecimento. Na verdade, mesmo que um zumbi não sofra nenhum dano exterior e consiga se alimentar regularmente, é provável que ele venha a morrer de lepra.

O esconderijo

 Apesar de todas as evidências, os zumbis ainda foram oficialmente reconhecidos por um único motivo: o vírus está extinto. Poucos foram os casos de infecção relatados. Em sua maioria, aconteceram na região do Haiti, onde as lendas sobre o vudu se iniciaram, justamente graças à obliteração do vírus. Ora, se não existem mais infectados, não existem mais provas. Há quem pense, no entanto, que o vírus não foi completamente extirpado da face da terra, mas está apenas esperando, ainda nos cadáveres dos infectados, por um momento oportuno para subir à superfície e começar uma epidemia. Apenas esperando...

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

3 comentários:

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