sábado, 30 de abril de 2011

Crônica Nerd #3: A Maior Viagem de Todos os Tempos: Compêndio


 No mês de abril, os nerds que gostaram da nossa segunda crônica, "A Maior Invenção de Todos os Tempos", puderam curtir a sua continuação, "A Maior Viagem de Todos os Tempos". Mas... será que acabou mesmo?

[Parte 1]
Tux e seus amigos descobrem que o Raio Temporal os levou para algum lugar estranho.

[Parte 2]
Após assistirem uma pequena parte de um discurso, os protagonistas são descobertos e confundidos com prisioneiros.

[Parte 3]
A teoria de Pablo é comprovada: eles viajaram no tempo e, agora, estão na época dos dinossauros.

[Parte 4]
Fugindo de um tiranossauro rex, os três amigos e o rato acabam caindo no meio de uma aldeia indígena.

[Parte 5]
Uma batalha eletrizante acontece entre Maru-chan e um samurai de verdade, do Japão antigo. Depois, o Raio Temporal é ativado mais uma vez.

Links da Semana #31


 Semana passada, devido a alguns problemas alheios à minha própria vontade, acabamos não tempo nossos Links da Semana, e eu peço desculpas a todos os parceiros e a todos aqueles que curtem esta seção. Hoje, no entanto, não houve problema algum (isso é, se você está lendo esta mensagem, é porque não teve mesmo). Por isso, chega de papo e vamos aos links!


O anime de Cristo

10 aparatos de zumbis imperdíveis

Rap dos memes

Energia solar ganha ajuda de vírus mutante

Como se tornar um praticante hardcore de parkour

Controle com sensor de movimentos para PC

Como contratar um super herói


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Crônica Nerd #3: A Maior Viagem de Todos os Tempos - Parte 5/5


[Leia a Parte 4]

 Túlio já estava se acostumando com a sensação de se sentir puxado para todos os lados, como se a gravidade existisse não só no centro, mas em cada canto do planeta, inclusive no ar. Ele sabia, é claro, que onde eles estavam não poderia ser dentro do planeta Terra. Ou talvez fosse, mas em outra dimensão. Quando pensou nisso, seu cérebro disse que ele estava louco, então ele parou.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Música Nerd #33: Martinho Lutero


 Terminando nosso mês de Páscoa, temos nosso último Música Nerd Especial. Hoje, falaremos um pouco deste homem muito lembrado por seus feitos e pouco lembrado por sua música: Martinho Lutero.

Um pouco de música

 Martin Luther, conhecido no Brasil como Martinho Lutero, nasceu em 10 de novembro de 1483, na cidade de Eisleben, na Alemanha. Durante sua vida, foi um grande sacerdote agostiniano e professor de teologia, mas nunca se conformou com os "vendedores de bênçãos" de sua época, os padres corruptos que praticavam a teologia da prosperidade, dizendo que só era salvo quem doava grandes quantias à igreja (bem parecidos com alguns pastores de hoje em dia, por sinal). Por esse e por outros motivos, ele deu início à Reforma Protestante, que dissimulou e expandiu as verdadeiras palavras da Bíblia por todo o mundo, servindo de base para as igrejas evangélicas de hoje. Lutero pregava que, ao contrário da Igreja Católica da época, mas em conformidade com a Bíblia, a salvação de uma alma não era alcançada pelas obras, mas pela fé em Jesus Cristo.


Um pouco de música

 O que não é ensinado nas escolas é que Martinho Lutero não foi apenas um grande pastor (na época chamados sacerdotes protestantes ou padres protestantes) e teólogo, mas também um excelente compositor. Infelizmente, nos dias de hoje, grande parte de sua obra musical perdeu-se. Uma das poucas de suas músicas que ainda é cantada hoje em dia é a do vídeo abaixo, intitulada "Ao Deus de nossos pais".



 No entanto, a canção de Lutero mais conhecida e executada nos dias de hoje nas igrejas de todo o mundo não é outra que não "Castelo forte é nosso Deus", também conhecida como "o hino da reforma". O vídeo abaixo apresenta não a música literalmente como foi escrita, mas um belo arranjo que modifica apenas o final da primeira estrofe e início da segunda, de modo que a música acaba ficando mais parecida com a letra que lhe foi atribuída. Excelente para quem ainda não conhece a canção e, principalmente, para quem já conhece.



Algumas curiosidades

  • Martinho Lutero foi o fundador, executor e precursor da Reforma Protestante, que infundiu o protestantismo como religião. O protestantismo é, basicamente, uma forma de cristianismo que busca as palavras não de um homem, como os padres e o papa, mas as de Deus, escritas na Bíblia.
  • Apesar de ter sido, também, o homem que incluiu a música congregacional no culto cristão, de modo que a música deixava de ser cantada apenas por um grupo seleto de músicos e passava a ser cantada pela igreja inteira, acredita-se que ele não era um músico muito brilhante, hipótese sustentada pelo fato de que, de toda a sua obra, apenas uma música, "Castelo forte é nosso Deus", ainda é executada e conhecida em toda igreja evangélica do mundo.
  • Martinho Lutero foi o primeiro padre, mesmo que protestante, a se casar, infundindo o padrão vigente até hoje, de que é comum que um pastor evangélico case-se e tenha filhos.
  • Ao contrário do que muitos católicos, e até membros de outras religiões, pensam, não foi Lutero, na Reforma Protestante, quem removeu alguns livros da Bíblia, mas um grupo de padres católicos, no Conselho Anti-Reforma, que os incluiram nas escrituras.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mitos Reais #9: Pégaso



 A seção Mitos Reais já está levantando polêmica. A cada semana recebemos novos comentários de pessoas duvidando da veracidade dos fatos apresentados nas postagens, pedindo fotos ou vídeos reais das criaturas apresentadas, xingando a mãe do editor, entre outras coisas. Por isso, galera, eu venho aqui pedir: leiam as letrinhas miúdas no final de cada artigo da seção e verão do que se trata realmente esta seção. Hoje, para mais um de nossos Mitos Reais, voltaremos até a Grécia antiga para tentar desvendar os mistérios deste belíssimo animal, citado em diversos contos gregos: o pégaso.


O mito

 O pégaso é um cavalo alado citado em diversos mitos gregos, sendo o principal deles o de Perseu, que, matando a terrível Medusa, a mulher de cabelos de serpente que transformava os outros em pedra com o olhar, acabou contribuindo para o nascimento de Pégaso, que nasceu do sangue do monstro. Em outro mito, Belerofonte doma o mesmo cavalo alado do mito de Perseu com a ajuda da deusa Atena e do item mágico chamado rédeas de ouro. Ele utiliza Pégaso para derrotar a Quimera e, em seguida, tenta subir ao Olimpo com a ajuda do animal, mas Zeus faz com que ele derrube seu cavaleiro, que morre devido à queda. Na cultura popular, o Pégaso dos mitos é um animal de pelo branco, embora nenhum mito grego faça alusão à sua cor. Algumas lendas de hoje em dia dizem que aquele primeiro Pégaso, de alguma forma, conseguiu procriar e deu origem a um verdadeiro rebanho de pégasos. Seja lá como for, ainda existem pessoas que acreditam na existência deste animal fabuloso. Elas podem não estar tão enganadas quanto a sanidade popular dita.

A realidade

 Embora todas elas possuam asas, nem todas as aves voam. O pégaso da vida real também é assim: possui asas, mas não voa. Tendo a aparência de um garanhão, geralmente de pelo branco, podendo variar a cinza ou até a preto, o pégaso é essencialmente um cavalo alado, mas isso não quer dizer que ele consiga voar. As asas, na verdade, lhe proporcionam apenas uma vantagem aerodinâmica, permitindo que ele seja conduzido com mais velocidade e leveza através do vento, e permitindo que ele corra a velocidades muito superiores às alcançadas pelo cavalo comum. Exatamente por isso o pégaso é um animal típico das savanas, onde ele pode correr livremente sem encontrar obstáculos.

A ciência

 Um observador desatento pode mesmo sugerir que as supostas asas do pégaso são dotadas de penas, assim como as asas de uma ave. No entanto, muito mais parecidas com as asas de um morcego, as asas dos pégasos são dotadas de uma fina membrana e grossos pelos. Acredita-se que o pégaso seja descendente do Hyracotherium, o mesmo animal que deu origem aos cavalos de hoje em dia, tendo adquirido um par de asas apenas para facilitar a mobilidade do animal, que, como já foi dito anteriormente, é capaz de correr a grandes velocidades graças à aerodinâmica criada pelas asas. Como bônus, os pégasos são sim capazes de planar a pequenas distâncias, se saltarem de um lugar relativamente alto, fazendo as asas funcionarem como uma asa delta.

O esconderijo

 Um animal tão formoso quanto o pégaso não passaria despercebido por uma sociedade humana tão influente quanto a nossa, certo? Infelizmente, os pégasos foram perdendo cada vez mais espaço para outros animais mais adaptados à vida das savanas, como grandes predadores que foram, aos poucos, dizimando a raça. Estima-se que, se os pégasos não tiverem sido completamente devastados pela extinção, apenas dois ou três exemplares tenham sobrevivido. E, assim, falta pouco para que o animal seja, definitivamente, tomado como jamais existente.




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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Imagem da Semana #24: Coelho é a vovozinha


 Gostaria de começar o post de hoje com um pedido de desculpas. No último final de semana, por motivos alheios à minha vontade, os posts programados tanto para o sábado quanto para o domingo acabaram não saindo. Com isso, perderam-se dois posts: a nova edição dos Links da Semana e um post especial de Páscoa, que, infelizmente, vai ter que ficar para o ano que vem. Falando em Páscoa, todo o mundo sabe que foi exatamente esta data festiva que ocorreu no último domingo. Pessoas do mundo inteiro comemoraram a chegada do coelhinho e... Espere um pouco. Não tem alguma coisa errada? Exatamente com esta dúvida é que apresentamos nossa Imagem da Semana, que é:

Coelho é a vovozinha


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Seção da Nah #8: Fim de Páscoa






 Ah, a Páscoa... É muito bom comemorar com a família esta data. Bom, já faz um tempinho que eu não posso almoçar com a minha família nesse dia. Eu trabalho numa loja de doces, portanto a loja abre no domingo de Páscoa o dia todo, sem contar as intermináveis horas extras da semana toda. Depois de tanto ver chocolate, ovos de Páscoa, caixa de bombom, montagem de cestas e embrulhos de presente nem dá vontade de comer os chocolates que eu ganhei!
 Bom, aí vai um vídeo que eu gostei, aliás, amo essa série de vídeos. Deem uma olhada, conheçam os outros vídeos e depois comentem o que vocês acharam!

 

  Boa Semana!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Crônica Nerd #3: A Maior Viagem de Todos os Tempos - Parte 4/5


[Leia a Parte 3]

 Quando Túlio encontrou o chão daquela vez, logo olhou em volta, à procura do discursista, ou mesmo do tiranossauro, mas os únicos animais que encontrou com o olhar foram Marcele, Pablo e Ratini. Não pôde deixar de notar, no entanto, que ainda estavam na clareira de uma floresta, embora diferente da floresta anterior. Se perguntou se ainda estavam no período pré histórico. No entanto, reconheceu algumas árvores ao seu redor como árvores tipicamente tropicais, como alguns coqueiros e palmeiras. Levantando-se do chão, olhou para Pablo, que estava de joelhos, olhando para uma Marcele quase deitada no chão. Abriu a boca para falar, mas o som que ouviu, sem dúvida alguma, não saiu de sua boca. Embora os três amigos não tenham entendido uma só palavra, ouviram uma multidão gritando algo como:

 "Glória a Nhanderuvuçú!"

 Olhando em volta, Túlio, Marcele e Pablo, agora os três de pé, viram uma grande multidão de humanos se curvando e fazendo reverências em volta deles. Cada vez mais humanos se aproximavam e se uniam a esta reverência. No entanto, duas caracterísitcas que todos eles tinham em comum era a pele avermelhada e o fato de que todos estavam quase ou totalmente nus.

 "Índios" disse Túlio a seus amigos, que concordaram, exibindo uma expressão de espanto no rosto.

 Foi então que um índio alto, usando várias penas na cabeça e um colar de pedras grandes se aproximou deles, por entre a multidão e, com uma grande reverência, começou a falar:

 "Oh, grande Nhanderuvuçú, que se fez homem, e seus companheiros, Jaci e Anhangá, seus semelhantes, nós os adoramos e bendizemos e vivemos esperando por esta visita desde que nos foi anunciado". Túlio, Marcele e Pablo não entenderam nada, mas também não falaram nada, então o índio de aparência importante continuou: "Por amor à tua obra, oh, grande Nhanderuvuçú, nós te pedimos que nos abençoe e aceite esta singela homenagem a ti".

 Quando o índio terminou de falar, uma jovem indiazinha, aparentando ter no máximo dez anos, se aproximou, trêmula, com um arco de madeira e uma aljava cheia de flechas em suas mãos, tentando não cair com os instrumentos em suas mãos. Ficando de frente para Túlio, ela se abaixou e estendeu a arma e a aljava na direção de Túlio.

 "Acho que eles querem que você pegue" disse Pablo.

 Túlio, então, se aproximou da criança e pegou os utensílios, vestindo a aljava em seu ombro. O arco, ele reparou, era completamente feito a mão e possuía diversos entalhes na madeira. Era o arco mais bonito que ele já tinha visto. No entanto, os índios continuaram ali, parados, em reverência aos três. Túlio, sem saber ao certo o que fazer, posicionou uma flecha no arco e, com pontaria certeira, atirou em um coco que estava em uma das árvores.

 "Glória a Nhanderuvuçú" repetiu a multidão de índios. "Que seu nome seja louvado por toda a terra em gratidão às bênçãos que nos tem dado".

 "Desde quando você sabe atirar com arco?" perguntou Pablo, em seu ouvido.

 "Desde o pior acampamento de verão da minha vida" respondeu Túlio. "Meus pais me forçaram a me separar do computador. Eu tinha só doze anos, aqueles cruéis. Pelo menos aprendi alguma coisa".

 Os índios, então se levantaram e começaram a dançar. O homem de aparência importante se aproximou ainda mais deles e disse:

 "Oh, grandes Nhanderuvuçú, Jaci e Anhangá, não sou digno de olhar para vós mesmo em forma humana, mas quero convida-los para participar da festa que daremos em vossa homenagem".

 Infelizmente, os três amigos continuaram sem entender nada. Túlio desejou ter um trio de peixes babel no bolso, mas lembrou-se que ninguém jamais encontrou nenhum exemplar na Terra.

 "Algum de vocês fala essa língua?" perguntou Túlio, olhando de Marcele para Pablo, mas os dois estavam balançando negativamente a cabeça.

 O índio de aparência importante, na verdade o cacique da tribo, começou a pensar coisas como a importância daquele acontecimento, o fato de como ele tinha sorte por ser o cacique exatamente no dia em que o povo celeste resolveu fazer uma visita a eles, como o resto do mundo pareceu escurecer diante da luz que precedeu sua chegada, como Anhangá parecia diferente do que ele imaginava, mas o fato de ele estar com um pequeno animal nas mãos só poderia representar seu poder sobre eles, como os aparatos que eles usavam eram estranhos, bem como suas peles multicoloridas, e como a língua celestial era bonita, apesar de sua total incapacidade de entender qualquer palavra que eles diziam. Neste instante, ele começou a se perguntar por que eles não se comunicavam em sua própria língua, como sempre fizeram nos contos, fábulas e sonhos.

 Enquanto isso, Túlio tentava decidir o que seria a coisa sensata a se fazer, visto que era pouco provável que eles conseguissem estabelecer uma boa comunicação verbal, Pablo tentava decidir se era sensato simplesmente puxar novamente a alavanca do Raio Temporal de Túlio e se mandar dali, e Marcele tentava decidir o que faria Aoi Karin, do anime DNA², se ela estivesse naquela situação. Ratini, por sua vez, pensava, com seu cérebro de rato, que todos aqueles humanos eram idiotas e que tudo o que ele queria era voltar para sua gaiolinha, onde ele teria um ataque de nervos se ninguém lhe desse comida.

 Passou-se algum tempo de silêncio, onde o cacique continuou ali, reverenciado seus supostos deuses, os três amigos permaneceram perdidos em seus pensamentos, e uma grande festa indígena acontecia ao redor. Finalmente, Marcele decidiu que a Karin tentaria voltar para seu tempo, já que, afinal de contas, a máquina do tempo a tinha levado para a época errada e claramente precisava de ajustes. Olhou para Pablo para se certificar de que o colar continuasse preso em sua mão, junto com Ratini, e foi na direção do Raio Temporal.

 "Maru-Chan, o que você tá fazen..." começou Túlio, mas foi simplesmente interrompido quando o vórtice começou a suga-lo novamente. O cacique, apavorado, saiu correndo na direção contrária. Não pôde deixar de se entristecer quando reparou que, no final das contas, os deuses não aceitaram participar da festa.

[Leia a Parte 5]

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Música Nerd #32: Padre José Maurício


 Todos nós, independentemente da religião ou mesmo da falta dela, sabemos: a Páscoa é uma data separada pelos cristãos para comemorar a ressureição de Jesus Cristo. Por isso, neste mês de abril, ao invés de enfeitarmos o blog com coelhinhos, decidimos fazer um Música Nerd Especial, contando um pouco da música cristã para os nerds interessados em saber. Ser nerd é (como diria o ET Bilu) buscar conhecimento, e o conhecimento pode vir de qualquer fonte, até mesmo daquelas que menos esperamos. Sem mais delongas, vamos ao nosso Música Nerd de hoje, que falará um pouco sobre este grande gênio da música, que todo brasileiro deveria se orgulhar em conhecer: Padre José Maurício.

Um pouco de história

 José Maurício Nunes Garcia, filho de Apolinário Nunes Garcia e Victória Maria da Cruz, sendo ele branco e ela filha de escravos, nasceu no dia 22 de setembro de 1767, vindo a falecer em 18 de abril de 1830, e foi um grande compositor brasileiro, tendo sido reconhecido como um dos maiores compositores das Américas. Foi ensinado nos caminhos da música pelo mineiro Salvador José de Almeida Faria, e aos 16 anos já compunha sua primeira obra. Tendo se interessado pelo catolicismo, em 1792 foi ordenado padre, e em 1798 se tornaria mestre da Capela da Sé, no Rio de Janeiro, compondo novas obras para a liturgia, dirigindo e conduzindo os músicos da igreja, e sendo ele próprio um excelente organista. Em 1808, com a chegada da Família Real portuguesa, sendo D. João VI grande apreciador da música erudita, foi nomeado mestre da Capela Real e, em 1809, foi condecorado com o Hábito da Ordem de Cristo. Em 1811, porém, Marcos Portugal, célebre compositor português, tomou o posto de José Maurício, que passou a ser apenas um compositor esporádico na Capela Real.



Um pouco de música

 Entre suas obras, as mais notáveis, com certeza, estão no ramo da música sacra. O "Kyrie", da "Missa de Santa Cecília", deve, com certeza, ser mencionado.



 Ainda na área da música sacra, temos este belíssimo "Credo em Dó Maior", que já começa com um pouco de canto gregoriano.



 O que muita gente não sabe, no entanto, é que José Maurício não foi apenas um brilhante músico e compositor, mas foi um excelente professor, tendo desenvolvido ele mesmo um método para o aprendizado de piano. A "Lição nº 5", possivelmente inspirada em uma música de Gioacchino Rossini, é, aqui, apresentada em um cravo.



Algumas curiosidades

  • Apesar do grande apreço de D. João VI pelo músico, muitos membros da corte, preconceituosos com o fato de sua mãe ter sido filha de escravos, referiam-se ao fato de ele ser mulato como um "defeito visível".
  • Tendo sido padre durante quase toda a sua vida, José Maurício jamais viria a se casar. No entanto, abandonando o celibato, ele teve cinco filhos, dos quais reconheceu apenas um.
  • Por vezes, a falta de recursos acabava se colocando no caminho do padre, e ele era forçado a escrever suas peças para grupos reduzidos de instrumentos, chegando a transformar toda uma orquestração em uma redução para órgão. Além disso, as aulas de teoria musical que ele ministrava foram, por muito tempo, realizadas sob o som de uma viola caipira, não podendo contar nem mesmo com um piano ou um cravo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mitos Reais #8: Unicórnio




 Estamos de volta com mais um de nossos Mitos Reais! Hoje, abordaremos uma criatura tão mística e tão fantástica que, há muito, tem habitado o imaginário popular de tal maneira que ainda tenta-se provar sua existência. Entenda, agora, por que não será possível comprovar a existência dos: unicórnios.


O mito

 O unicórnio (de acordo com a Wikipédia, também chamado de licórnio) é uma criatura muito semelhante a um cavalo, que poderia ser considerada como um cavalo se não tivesse um chifre no topo de sua cabeça. Geralmente é retratado na cor branca e costuma ser associado à magia, à bondade e à pureza. Embora a maioria das lendas diga que ele não tem nenhum poder muito especial, nos dias de hoje tem se tornado comum retratar o unicórnio como uma criatura capaz de disparar arcos íris de seu chifre. Nas lendas tradicionais, o unicórnio é o símbolo da pureza e, por isso, costuma-se dizer que somente uma mulher virgem consegue se aproximar dele.

A realidade

 Os unicórnios da vida real, de fato, são semelhantes a cavalos e, de fato, possuem um único chifre no topo de suas cabeças. Pode-se dizer que, no quesito aparência, eles são exatamente iguais aos unicórnios das lendas, com exceção da aura mágica e o misticismo comumente associados à criatura. Além disso, o unicórnio é um animal mamífero e que pode correr a grandes velocidades, ainda mais veloz do que o mais veloz dos cavalos.

A ciência

 Descendente do mesmo ancestral dos cavalos, o Hyracotherium, o unicórnio desenvolveu um chifre em espiral no topo de sua testa para tornar mais fácil a vida nas florestas em que sempre viveu. Nos dias de hoje, ele se tornou uma criatura solitária, vivendo, quando muito, apenas com outros unicórnios, e procurando sempre manter a distância de qualquer outro animal. Quando encurralado, é com o chifre que o unicórnio se defende, tornando-se selvagem ao extremo. Por vezes, esta atitude solitária acaba se estendo a outros unicórnios, o que contribuiu para a aniquilação da espécie que, atualmente, encontra-se em perigo de extinção. Estima-se que existam, atualmente, muito poucos unicórnios vivos, apesar de esta criatura ter um ciclo de vida de, aproximadamente, 220 anos.

O esconderijo

 Como dito, os unicórnios encontram-se em risco de extinção, que é agravada pelo comportamento solitário da criatura. Além disso, eles são capazes de se mover a grandes velocidades nas florestas e bosques onde vivem, sendo profundos conhecedores de seu habitat e jamais mudando de local durante toda a vida, a não ser que seja ameaçado. Exatamente por ser tão solitário, o unicórnio prefere se manter em florestas densas, onde há pouco para onde correr se o animal não conhece o caminho. Cada uma destas características contribuem para a ausência de provas de sua existência. Além disso, quando um unicórnio é encurralado (quando um ser humano tenta captura-lo ou examina-lo à força, por exemplo), o unicórnio torna-se um animal extremamente agressivo. Infelizmente, sem a ajuda de humanos que possam cria-lo em cativeiro, a extinção é quase certa para a espécie. Enquanto isso, as buscas por provas continuam.


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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Estudo indica que games violentos podem auxiliar ex-combatentes de guerra

Enviado por Felipe Demartini em 09/03/11 - 17:09
Fonte: Baixaki Jogos


 Um estudo online conduzido pela Grant MacEwan University, do Canadá, sugere que jogos violentos e que tem a guerra como tema podem ajudar soldados a dormirem melhor e lidar com pesadelos. A pesquisa foi feita com 98 militares, divididos em dois grupos: os “high gaming”, que jogavam diariamente, e os “low gamers”, que utilizavam apenas títulos casuais poucas vezes ao ano.

 De acordo com Jayne Gackenbach, líder da pesquisa, jogos violentos funcionam como um “simulador de ameaça”. Isso permite que o cérebro trabalhe de maneira mais intensa com o stress e permite que os soldados lidem mais calmamente com situações de conflito. De acordo com ela, os militares envolvidos no estudo não tinham síndrome de stress pós-traumático diagnosticado.

  O resultado é que os “high gaming” tiveram sonhos menos agressivos e lidaram melhor com os pesadelos. Já os pesadelos dos “low gamers” foram mais violentos, e os militares tiveram uma sensação de impotência. “Eles estão levando [consoles] para o campo de batalha e jogando o tempo todo. Aparentemente, há uma boa razão para deixá-los fazer isso”, concluiu Gackenbach.

Imagem da Semana #23: Jacaré vs. Piranha


 Alguns dias atrás, vi, na internet, uma imagem que me impressionou um bocado. É notável o fato de que algumas pessoas tem a sorte de estar no lugar certo, na hora certa, portando uma câmera fotográfica, capaz de registrar a beleza da natureza. Sem mais comentários, a Imagem da Semana de hoje é:

Jacaré vs. Piranha

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Seção da Nah #7: Confissões de uma Nerd


 Nem sempre eu fui bem na escola. Quando era mais nova eu tinha muita dificuldade em prestar atenção às aulas, minha cabeça estava sempre em mil outras coisas. E em Sonic então? Não passava da terceira fase! Então, uma das minhas professoras sugeriu que eu fosse ao oftalmologista. Descoberto o problema! Agora que eu usava óculos, meu rendimento em aula melhorou e muito!

 Ah, a matemática... O horror da maioria dos estudantes, a minha verdadeira paixão. Era a melhor da turma. Quando chegava o último bimestre, eu me tornava a professora dos desesperados. Lógico, eu tinha ainda menos paciência que uma professora de verdade. Por fim, eu me irritava com a falta de atenção deles e não ajudava mais ninguém. Nunca servi para dar aula...

 Quando eu estava na quinta série (atual sexto ano), um grupo de uma rede de ensino de computação foi à minha escola para oferecer cursos básicos gratuitos para alguns alunos. A diretoria deu meu nome para eles e eu tive meu primeiro contato com o que no futuro se tornaria meu amiguinho inseparável: o computador. Visto que eu tive um bom desempenho nesse curso básico, minha mãe se esforçou para pagar o restante do curso. Não parou por aí! Como não era muito boa com desenhos à mão, descobri que podia sair algo melhor no Corel e acabei fazendo um curso avançado, Designer Gráfico. Fazia até desenhos em 3D de móveis sob medida para o meu padrasto, que era carpinteiro.

 Meus trabalhos no colégio eram tão bons que, um dia, minha professora de História insinuou que não era eu quem os fazia. Passei a detestar História... E olha que foi justo no meu primeiro contato com a matéria. Acho que nunca superei...

 Minha boa reputação em matemática fazia com que, no dia de prova, houvesse uma nova arrumação em sala: os que não estudavam se sentavam à minha volta para "colar". Certa vez, enquanto entregava minha prova ao professor, esqueci meu rascunho em cima da mesa. Quando voltei, não havia mais rascunho em cima da mesa! Ele estava já passando por toda a turma. Nas provas seguintes, os que antes eram ruins na matéria e de um dia para o outro passaram a gabaritar, já combinavam comigo para fazer igual. Eu não ligava, deixava mesmo... Até que, um dia, o professor pegou meu rascunho passando de mão em mão. O que aconteceu? Comigo nada, eu era a queridinha dele. Já muitos dos outros acabaram repetindo o ano, como não podiam mais contar com a minha "cola".

 Chegou o ano de formatura. Como eu chorava! Não queria me formar de jeito nenhum. Mas também não queria manchar meu curriculo escolar repetindo um ano de propósito. Não teve jeito: no fim do ano me formei. No ano seguinte, no primeiro dia de aula, lá estava eu no meu antigo colégio, dando uma de estudante com umas amigas, só pra matar a saudade. Engraçado foi ver a cara das pessoas pensando que eu havia repetido!

 Sem trabalho, sem escola, enjoada dos jogos do computador... Tinha que arranjar algo o que fazer para passar o tempo... Ler! Sim, eu já lia, mas agora poderia fazer isso em tempo integral! Que descoberta!!! Quantos livros eu conseguia na internet! Entrei em comunidades de leitura, grupos de e-mail que me mandavam livros ou sugestões... Lia até cinco livros por vez! Ficava até a madrugada lendo. Acabei viciando. A mim e a outros com os livros dos quais eu mais gostava. Quando eu encontrava um bom livro na internet, eu lia e depois, se eu encontrasse, comprava, só pra dizer que tinha!

 Depois que eu comecei a trabalhar, lá se foi todo o tempo que eu tinha para ler. Pelo menos no computador. Agora só os impressos mesmo, pra eu poder carregar na ida para o trabalho. No meu trabalho eu ficava no caixa. Parece que eu tenho um certo magnetismo... Quebrei uma mesma impressora fiscal quatro vezes! Por fim, meu patrão me mandou ir até a autorizada e pedir para que me ensinassem a consertar sozinha! Eu fui. Agora, quando alguma impressora dá problema, quem conserta sou eu. Aliás, agora eu até abro os desktops da loja pra fazer pequenos reparos. Acabei sendo promovida e saí do caixa. Só não sei se quiseram mesmo foi me tirar de perto das máquinas...

 Tendo eu acabado meus estudos, daria para pensar que já não precisaria passar por aquelas situações de favores pros maus alunos, certo? Que nada: essa semana me pediram pra ler um livro e resumir por eles! Que folga, não? Isso sem contar as resenhas que ainda faço pro meu noivo! Vou acabar fazendo minha própria faculdade!


 Bom, aí está um pouquinho da minha história. Gostou? Quer dividir comigo um pouco da sua? Deixe um comentário! Boa semana a todos!

domingo, 17 de abril de 2011

Soft Kitty

 A imagem a seguir é só para alguns. Se você nunca viu The Big Bang Theory, o que você está fazendo neste blog? é possível que você não a entenda em sua totalidade. No entanto, ainda vale a pena admira-la. Chega de suspense: clique em "Leia Mais" e veja do que estou falando.

sábado, 16 de abril de 2011

Onde denunciar crimes na internet?

Saiba como proceder para denunciar um crime virtual utilizando a própria rede mundial.

SaferNet: local para denúncias na web
Fonte da imagem: SaferNet / Reprodução

  No dia 8 de fevereiro a SaferNet Brasil promoveu o Dia da Internet Segura. A entidade é uma associação civil sem fins lucrativos que possui acordo de cooperação com o Ministério Público Federal, além do apoio de entidades como o Comitê Gestor da Internet no Brasil e a Justiça Federal.

 Embora provavelmente você saiba diferenciar o que é crime do que é legal na internet, pesquisas apontam que boa parte da população não sabe a quem recorrer quando encontra um site ou página que vá de encontro às disposições legais.

 Recentemente, a SaferNet divulgou dados de uma pesquisa feita junto a professores. A consulta apontou que apenas 15% dos entrevistados sabiam onde denunciar um crime virtual. Sendo os professores elementos fundamentais na orientação de crianças e adolescentes, a proposta da organização é que o tema seja debatido também em sala de aula.
 

Identificando crimes virtuais

 

Reportando crimes virtuais
Fonte da imagem: SaferNet / Reprodução

 Quando falamos de crimes virtuais não estamos nos referindo apenas a hackers ou à sua segurança na hora de fazer compras na web. Existe uma série de outros crimes e infrações que violam a Declaração Universal de Direitos Humanos e a legislação nacional específica sobre o tema.

 Assim, entre os crimes mais comuns, e que você mesmo pode denunciar anonimamente junto ao SaferNet, encontram-se os seguintes: intolerância religiosa, racismo, neonazismo, tráfico de pessoas, pornografia infantil, maus tratos contra animais, xenofobia, apologia e incitação a crimes contra a vidae homofobia.

 Segundo a SaferNet, que mantém estatísticas atualizadas relativas às denúncias, no mês de janeiro o site recebeu um total de 2782 denúncias. Entre elas, 1.131 se referiam à pornografia infantil, tema recorrente na mídia e com o qual os usuários estão melhor orientados a denunciar. Casos de apologia e incitação a crimes contra a vida aparecem em segundo, com 565 denúncias. Homofobia e xenofobia também se destacam.

 Outro fator que chama a atenção é o número de denúncias vindas de um único lugar. Mais da metade delas, precisamente 1.761, são relativas a páginas e comunidades do Orkut. A rede social mais popular do Brasil é o site com maior atenção por parte dos usuários e, por isso, é natural que lidere o número de denúncias.

 

Como fazer uma denúncia 

 

Orkut é um dos istes com maior número de denúncias na SaferNet

 Antes de efetuar uma denúncia é importante checar qual é o tipo de conteúdo que você julga ser criminoso. Por isso, é fundamental entender o que cada uma das formas de denúncia significa. Na página do SaferNet há uma descrição completa de cada um dos itens.

 Para efetuar a denúncia, basta escolher a categoria e, em seguida, inserir a URL para a página em questão acrescentando, se quiser, comentários sobre as razões pela qual você está denunciando. Por padrão, o SaferNet checa a informação e entra em contato com o mantenedor da página, solicitando a retirada do conteúdo do ar caso a denúncia seja procedente.

 É importante ressaltar que as denúncias são anônimas, ou seja, você não corre o risco de ser identificado. Não cabe à entidade eventuais punições aos culpados, apenas a solicitação de retirada de conteúdo do ar. Pelo acordo de cooperação, as informações ficam à disposição da Justiça que, efetivamente, pode julgar e punir os culpados, se necessário.
 

Onde obter mais informações sobre o assunto 

 

Cartilha auxilia identificação de crimes virtuais
Fonte da imagem: SaferNet / Reprodução

 A página da SaferNet disponibiliza um vasto material para os usuários saberem mais sobre assuntos como proteção no mundo virtual, Direitos Humanos, regras de conduta e ciberbullying. Além disso, é possível fazer o download de uma cartilha (em PDF) com todo o conteúdo.

 Contudo, as denúncias acima mencionadas acima valem apenas para crimes presenciados pelo usuário em relação ao conteúdo de uma página. Caso você tenha sido vítima de um crime digital, a melhor solução é procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência sobre o crime.

 Algumas cidades possuem delegacias específicas que atendem apenas crimes relacionados ao assunto. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, contam com uma Divisão de Cibercrimes para tratar de denúncias como essas. Outras cidades como Belo Horizonte, Brasília e Vitória também contam com delegacias especializadas.

 Nas cidades onde não há um departamento específico, a recomendação é procurar sempre a delegacia mais próxima levando, se possível, provas impressas dos crimes virtuais que pretende denunciar. Infelizmente, muitos casos acabam se repetindo por falta de denúncias oficiais em órgãos competentes. Por isso, caso tenha sido vítima, não hesite em relatar às autoridades competentes.

.....

 Você já sabia como denunciar crimes virtuais pela internet? Já foi vítima de algum crime virtual e precisou recorrer a algum desses órgãos? Participe deixando o seu comentário.

Links da Semana #30


 Fala, meu povo nerd! Ansiosos pelo início da chamada "Semana Santa"? Eu, particularmente estou, já que terei meu tão aguardado descanso. Enquanto esperamos por ela, que tal conferir alguns dos melhores links publicados em nossos parceiros?


Fala que eu não te escuto

Indo para o lado negro da força

Hallyu Wave

Música com Game Boys... desligados!

Não, você não é retrô...


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Crônica Nerd #3: A Maior Viagem de Todos os Tempos - Parte 3/5


[Leia a Parte 2]

 Eles sentiram novamente todas as sensações que haviam sentido com o primeiro tiro do Raio Temporal. Quando o mundo ao redor deles parou de girar, eles estavam na clareira de algum tipo de floresta, com um mato relativamente alto ao seu redor, e árvores muito peculiares completando o cenário.

 Quando Túlio se levantou, Pablo estava sentado em uma pedra. Enquanto Marcele se endireitava no chão, sentando-se com as pernas cruzadas, Pablo começou a falar:

 "Muito bem, galera. Acho que minha teoria estava certa" começou ele. Houve uma pausa dramática, ao que ele continuou: "Quando o Tux acionou seu Raio Temporal, o feixe de luz emitido realmente começou a manipular o tempo ao redor de Ratini," disse ele, mostrando o ratinho em uma de suas mãos, "mas, exatamente como no jogo aonde foi inspirado, o colar de Maru-Chan causou uma interferência na tecnologia do equipamento," agora, ele mostrava o colar do Chrono Trigger de Marcele "fazendo com que, ao invés de o tempo ser manipulado apenas em volta do ratinho, o tempo fosse manipulado ao redor de toda a área em que estávamos, criando, assim, um vórtice temporal para onde fomos sugados. Resumindo: nós viajamos no tempo".

 "Viajamos no tempo?" repetiu Marcele, trêmula.

 "Ratini?" perguntou Túlio, confuso.

 "Ele precisava de um nome, não é mesmo?" disse Pablo, olhando para o pequeno ratinho em sua mão, que parecia tonto e enjoado da viagem.

 "E precisava ser o nome de um pokémon?" disse Túlio, desdenhoso.

 "Não existe um pokémon chamado Ratini" retorquiu Pablo. "A menos que você esteja se referindo ao Dratini".

 "Eu acho um nome adorável" disse Marcele.

 "Magia!" gritou uma voz que já estava se tornando familiar. Só então eles perceberam que o Raio Temporal não havia sugado apenas os três, mas um quarto ser humano.

 O homem do discurso, aquele que havia tentado atirar neles anteriormente, estava se levantando, olhando assustado para eles. Sua expressão confusa, no entanto, não durou muito tempo, pois foi logo substituído por uma expressão de fúria.

 "Pois pior para vós" disse ele e, neste exato momento, eles sentiram um leve tremor no chão. "Abe Lincoln, de fato, me idolatrará por levar sulinos feiticeiros à fogueira" e houve outro tremor no chão.

 Enquanto o homem empunhava sua espingarda, houve mais um tremor. Ele abriu a boca para falar, mas não conseguiu falar nada porque, depois de mais um tremor, uma grande manada de animais muito estranhos passou correndo pelo espaço que separava o homem dos garotos. Enquanto os tremores se intensificavam, no entanto, um dos animais, percebendo o grupo de humanos ali, parou, olhou para eles e soltou um som que nenhum dos quatro jamais esqueceria, algo parecido com um rugido, mas muito mais gutural.

 "Ai, meu São Spielberg!" disse Pablo, reconhecendo o animal. Parado, na frente deles, estava nada menos do que um velociraptor.

 O homem do discurso pareceu não reconhecer o animal e continuou sua ladainha enquanto o ameaçava com a espingarda. O velociraptor, no entanto, parecia mais interessado em Túlio, Marcele e Pablo. Ele permaneceu olhando para os três, curioso, enquanto parecia tentar se decidir se valia a pena ataca-los, ainda que separado de seu grupo.

 E foi então que ele apareceu: o causador de todos aqueles tremores. Um animal monstruoso, gigantesco, e extremamente selvagem. Se eles acharam que o rugido do velociraptor era de gelar a espinha, é porque eles não sabiam que, segundos depois, estariam escutando o urro de um tiranossauro rex.

 "Mas o que é isso?" bradava o homem do discurso, brandindo sua espingarda. "O que são estes monstros horrendos, seus malditos feiticeiros? Exijo que os recolham já ou atirarei em vós!"

 Infelizmente para ele, ele não teve a chance de atirar neles, já que o tiranossauro, interessando-se de repente na pequena criatura que se remexia alegremente debaixo dele, decidiu que era hora do jantar e, abrindo sua enorme boca, curvou-se até que a fechou em volta do homem, deixando apenas seus membros para fora da boca imensa.

 Mais uma vez, Pablo abismou-se com sua capacidade de pensamento rápido pois, em apenas alguns segundos, ele correu para pegar a espingarda ainda na mão do homem, enquanto ele era levantado para as alturas, atirou no velociraptor pronto para atacar e correu para acionar o Raio Temporal, com Ratini e o colar em suas mãos.

 "Como você..." começou Marcele.

 "É incrível o que você aprende com os games" respondeu Pablo. "Vamos!" e acionou o Raio Temporal.

 Apenas uma fração de segundo antes de ser sugado pelo vórtice, no entanto, Túlio pensou ter visto alguma coisa no céu, atrás do tiranossauro rex. Sua imaginação, ele supôs, o fez pensar que havia visto um gigantesco par de mãos saindo das nuvens, mexendo em alguma coisa parecida com um braquiossauro de argila em tamanho real. Apenas sua imaginação, ele estava convicto.

[Leia a Parte 4]


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Música Nerd #31: Aline Barros


 Abril é o mês da Páscoa e, portanto, é mês de Música Nerd Especial de Páscoa! Neste mês, separamos alguns dos melhores cantores, compositores e músicos em geral do ramo da música cristã para nos lembrarmos daquele que veio a este mundo, sofreu e morreu para nos salvar. Hoje, a escolhida para representar a música cristã aqui no Música Nerd é ninguém menos que: Aline Barros.

Um pouco de história

 Nascida em 7 de outubro de 1976, filha de Sandra e Ronaldo Barros, ambos pastores evangélicos na Comunidade da Vila da Penha, no Rio de Janeiro, a pequena Aline, desde muito cedo, com apenas dois anos de idade, manifestou seu interesse pela música. Aos nove começou a acompanhar o pai no Ministério de Louvor da Comunidade da Vila da Penha, passando, mais tarde, a fazer parte da equipe de louvor onde, aos quatorze anos, gravou sua primeira música como solista. O resultado foi surpreendente: sucesso absoluto nas rádios evangélicas. A cantora ainda ficou no ministério por mais quatro anos, quando, aos dezoito anos, iniciou sua carreira solo.


Um pouco de música

 Se hoje Aline chegou aonde chegou, ela deve muito ao Ministério de Louvor da Comunidade da Vila da Penha, que não só lançou a carreira da jovem Aline Barros, mas também ajudou a gravar sua primeira música. Trata-se da canção "Tua Palavra", que você confere abaixo.



 No entanto, uma das música de maior sucesso da cantora só veio a ser gravada bem depois. Trata-se de "Sonda-me, Usa-me", uma oração cantada pedindo que o Senhor seja dono de sua vida. A canção, por sinal, recebeu uma indicação ao prêmio de música digital por expressividade de vendas.



 Além disso, como é de se esperar de uma cantora gospel, Aline Barros também faz muito sucesso com as crianças, tendo gravado, até agora, cinco álbuns dedicados ao público infantil. A música abaixo, velha conhecida de muitos, recebe o nome de "Pedro, Tiago e João no Barquinho".



Algumas curiosidades

  • Aline já recebeu diversas indicações a prêmios de música, e já ganhou vários, tais como: 11 Troféus Talento, 3 Grammys Latinos, 1 Dove Awards e 1 Brazilian International Press Award.
  • Não é só no Brasil que Aline Barros faz sucesso: a cantora já gravou  um total de cinco álbuns em espanhol.
  • Aline Barros tem uma voz classificada como mezzo-soprano, o que significa que ela pode atingir notas agudas e graves com a mesma facilidade, mas possui uma melhor performance e conforto na região de notas médias. As notas mais extremas que ela já alcançou foram a nota Do# 2 (segundo espaço da Clave de Fá), na música "Deus Confirmou", e a nota Fa 4 (quinta linha da Clave de Sol), na música "Crer para Ver".
  • Além de cantora, Aline Barros é, também, pastora, na igreja Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul, no Bairro Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mitos Reais #7: Ieti




 Chegamos a mais uma quarta e, portanto, mais um dia de Mitos Reais. Hoje, tentaremos desvendar os mistérios que rondam esta criatura fantástica que habita o imaginário das pessoas que moram em regiões nevadas, ninguém menos que: o Ieti.


O mito

 Não precisar morar isolado no meio da neve para conhecer histórias sobre o Ieti. Também conhecido como Abominével Homem das Naves "O Abominável Homem das Neves", o Ieti é, geralmente, retratado como uma espécie de mistura entre homem, gorila e urso polar, apresentando um corpo semelhante ao de um grande primata, mas a capacidade de andar ereto sobre duas pernas e uma pelugem densa e extremamente branca. Além disso, é óbvio que o Ieti é retratado como capaz de andar pela neve, a temperaturas baixíssimas, completamente nu. Conta-se que o Ieti gosta de perambular pelas montanhas em dias de nevasca, atacando e devorando todos os animais que encontrar em seu caminho, incluindo, é claro, seres humanos.

A realidade

  Na vida real, o Ieti é uma criatura hominídea semelhante a um primata, e que possui, de fato, uma longa e espessa camada de pelos brancos, que o ajudam a suportar o frio. No entanto, ele se assemelha muito mais a um ser humano de ossos largos do que a um gorila verdadeiro. Isso se deve ao fato de que ele é, na verdade, uma subespécie do Homo Erectus que, peculiarmente, evoluiu de um jeito diferente do Homo Sapiens, permitindo que ele se adaptasse às mais baixas temperaturas, dotando-lhe de pelos, garras e dentes afiados. Sua alimentação, por isso, é composta, basicamente, da carne de outros animais, sendo o Ieti um animal carnívoro. O Ieti é, assim como o Homo Erectus, dotado de inteligência, ainda que uma inteligência primitiva, o que permitiu que ele sobrevivesse até os dias de hoje.

A ciência

 Como dito anteriormente, o Ieti é uma subdivisão da espécie hominídea Homo Erectus. Sendo assim, ele apresenta diversas características em comum com a espécie Homo Sapiens, como a formação de colônias e a procura por abrigo. Esta mesma característica foi a responsável pela preservação da espécie, que continua, até hoje, morando em cavernas nas geladas montanhas tibetanas. Acredita-se, no entanto, que a espécie esteja à beira da extinção, contando com menos de vinte espécimes vivos no mundo.

O esconderijo

 O Ieti, com o passar dos anos, aprendeu a temer e respeitar seu parente mais próximo, o Homo Sapiens. Através da observação, ele descobriu que a mesma espécie que desenvolvia e descobria tecnologias tão interessantes e surpreendentes era a mesma capaz de matar e dizimar seus semelhantes, por conta das diferenças raciais e da busca pela expansão de territórios. Isso despertou não somente um instinto de fuga nos Ietis, mas também um instinto assassino. Não foram poucos os Homo Sapiens que, acidentalmente, se perderam na neve e acabaram servindo de jantar para uma família de Ietis. Somando isso à extinção iminente, fica fácil saber por que é tão difícil reunir provas concretas acerca da existência do Ieti. Como se isso não bastasse, mais uma característica que o Ieti desenvolveu em comum com a espécie humana é o hábito de enterrar seus falecidos, dificultando em muito as expedições de Homo Sapiens em busca da verdade. Bom para os Ietis, que tem uma preocupação a menos com a qual lidar.

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Imagem da Semana #22: Por quê?


 Existem momentos em que nos perguntamos: O que está havendo com a humanidade? Por que existe tanta violência, tanta maldade no mundo? O que nós ganhamos sendo servos da malignidade? A Imagem da Semana de hoje serve como um desabafo, um momento de luto, e uma reflexão. Você também já se pegou se perguntado:

Por quê?


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Seção da Nah #6: Modernidade




 Como é dirigir para casa depois de um dia todo em frente ao computador do trabalho, tomar um banho quente, jantar (mesmo que seja um prato congelado) e separar a roupa limpinha para o dia seguinte. Isso hoje, é claro. Já parou para pensar como eram as coisas antigamente, quando não exixtiam vários dos utensílios que tanto facilitam nossas vidas? Não?! Então conheça o antes e o depois de algumas dessas coisas.

Automóveis

 Já imaginou enfrentar o transito louco de São Paulo no lombo de um jegue? Uma viagem de trabalho para outro estado, junto com seus colegas de função, numa bela cavalgada? Essa seria a situação se hoje não tivéssemos os automóveis. Assim que foram inventados não eram como os temos hoje, lógico. Motores a vapor, três rodas e parecidos com carroças, assim foram os primeiros modelos. Carro popular? Nada disso, eram mais utilizados comercialmente. Produção em massa só veio a ser uma realidade em 1888.

Computadores

 Ah, como eles facilitam as pesquisas escolares, os cálculos que levariam horas, enviam mensagens tào rápido e ainda nos fornecem entretenimento. Se hoje temos computadores que cabem na nossa mão, saiba que estes são a evolução dos computadores que antes ocupavam toda uma sala! Muitos fios manejados em um grande painel e armazenagem de dados baseada no sistema nervoso central, essa era a máquina revolucionária que hoje, depois de muitas trasformações e com o surgimento da internet, nos daria um mundo de informações em um clique!

Higiene

 Já tomou banho de bacia? Dá trabalho pegar a água, aquecer e ainda transportar até o local onde você vai tomar seu banho. O chuveiro na verdade é um equipamento bem antigo, há ilustrações que comprovam sua existência no Egito e na Grécia! A água era fria ou aquecida separadamente. E as escovas de dentes, sabe como elas eram feitas? Na China, em 1498, foi usada a primeira escova de dentes. Suas cerdas eram feitas com pêlos de porco! Mais tarde surgiu a de cerdas de cavalo, e ainda foi encontrada uma feita de osso na Europa, que data de 300 anos atrás! Acho que todos concordarão comigo em pensar que as de hoje são infinitamente mais higiênicas!

Refrigeração

 Tem dia que a gente não tem tempo de preparar um prato mais elaborado, mas sempre tem uma carne de hamburguer em algum lugar do congelador e aí você prepara facilmente o almoço ou a janta. Imagine você ter que trocar o gelo sempre que ele derretesse para que seus mantimentos não estragassem? Bem era assim até o século XIX. As primeiras geladeiras domésticas só foram surgir em 1913, depois de muitos projetos que nem saíram do papel e alguns experimentos. 

Lavadoras

 Foi o tempo das lavadeiras na beira do rio. Essa é uma máquina que só depois da popularização do motor elétrico se tornou realmente eficiente. Hoje há tantos fabricantes, abertura frontal e superior, batedor assim, batedor assado... E pensar que antes tinhamos que "calejar" os dedinhos!






 Deu pra notar a diferença que a modernização trouxe? Da Revolução Industrial até os tempos de hoje surgiram muitas invenções que nos auxiliam todos os dias e nós nem reparamos no esforço que teríamos de fazer sem elas. Mas não posso deixar de imaginar que daqui a alguns anos surgirão outras que substituirão as que nós conhecemos e estas se tornarão antiguidade. Boa semana!