quinta-feira, 5 de maio de 2011

Música Nerd #34: Franz Peter Schubert


 Quinta-feira, como todos sabemos, é dia de Música Nerd. Hoje, vamos falar um pouco deste grande mestre e gênio da música: Franz Peter Schubert.

Um pouco de história

 Nascido em 31 de janeiro de 1797, tendo falecido em 19 de novembro de 1828, Schubert foi um compositor austríaco do fim da era clássica.  Seu pai, Franz Theodor Florian Schubert, filho de um camponês da Morávia, era professor da paróquia. A sua mãe, Elizabeth Fitz (ou Vietz), tinha sido, antes do casamento, criada de uma família vienense. Dos seus quatorze filhos, nove morreram durante a infância. Além de Franz, sobreviveram apenas Ignaz (nascido em 1784), Ferdinand (nascido em 1794), Karl (nascido em 1796), e a filha, Theresia (nascida em 1801). O pai, homem de reconhecida integridade moral, tinha alguma reputação como professor, e a sua escola, em Lichtenthal, era bem frequentada. Era também um músico amador razoável. Os seus filhos mais velhos, Ignaz e Ferdinand, comparavam-se ao pai na sua habilidade musical. Aos cinco anos de idade, Schubert começou a sua instrução regular, com o pai. Aos seis anos, entrou na escola de Lichtenthal, onde passou alguns dos melhores anos de sua vida. A sua educação musical começou também por esta altura. Seu pai transmitiu-lhe alguns conhecimentos rudimentares sobre violino, e seu irmão Ignaz, o iniciou no piano. Aos sete anos, como já tinha ultrapassado largamente a perícia dos seus mestres iniciais, foi entregue à guarda de Michael Holzer, o mestre de capela da igreja de Lichtenthal. Foi durante a adolescência, estudando em Stadtkonvikt, um dos melhores colégios de Viena, graças a uma bolsa de estudos, que começou a demonstrar suas habilidades de compositor.


Um pouco de música

 A obra de Schubert, apesar de só ter sido reconhecida depois de sua morte, está entre as mais belas do mundo da música. Esta "Serenata" pode, com certeza, exemplificar o porque.



 Uma peça bastante conhecida, pelo menos de nome, é a chamada "Sinfonia Inacabada". Até hoje, permanece um mistério o por que de Schubert nunca te-la acabado, visto que começou a escreve-la bem antes de sua morte e, portanto, não foi este motivo que o interrompeu.



 No entanto, a peça de Schubert mais conhecida mundialmente é nada mais do que esta versão de
"Ave Maria", que você assiste abaixo.



Algumas curiosidades

  • Apesar de ser um exímio pianista, Schubert não gostava de apresentar-se em público. Seu principal objetivo era a composição. Tinha, aliás, um método bem peculiar de compor. Preferia não utilizar-se do piano, pois alegava que o instrumento atrapalhava o fluxo de suas idéias. Escrevia as músicas diretamente no papel, fazendo poucas correções posteriores.
  • Schubert, desde garoto, tinha uma bela voz. Por causa dela, ganhou uma bolsa de estudos em Stadtkonvikt, uma das melhores escolas de Viena, por ter sido escolhido como soprano para o coro da Capela Imperial, em 1808. Em Stadtkonvikt, foi o primeiro violino da orquestra da escola. Mas em 1812, com a adolescência, sua voz tornou-se grave. Schubert teve que sair do coro e perdeu o direito à bolsa de estudos.
  • Uma das composições mais conhecidas de Schubert é a Ave Maria. Originalmente, a letra da canção era uma tradução de Adam Storck, para o alemão, de um poema do escritor britânico Walter Scott. Mas a Ave Maria de Schubert ficaria mesmo célebre com a versão da letra em latim, como hoje é costumeiramente executada.
  • Para fugir das muitas dívidas, Schubert costumava dedicar suas músicas a membros da aristocracia, que lhe agradeciam em dinheiro. "Gretchen am Spinnrad", por exemplo, foi dedicada ao conde Moritz von Fries, que retribuiu ao compositor com a quantia de 650 florins. Cerca de 50 composições de Schubert possuíram dedicatória. Contudo, algumas dessas obras não lhe renderam nenhuma recompensa financeira. Muitas, por exemplo, foram dedicadas a Beethoven, como homenagem sincera àquele que era seu ídolo musical.

2 comentários:

  1. Sempre ouço quando vou estudar =]

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  2. Schubert é um dos compositores que admiro. Adoro sua obra pianística, seus improvisos são puras obras de arte! Só lamento que ele não tenha composto concertos para piano, acho que seriam insuperáveis em beleza e harmonia!

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